Carlos A. P. Silva

Instalações e Manutenção de Electrodomésticos

O seu autoclismo é eficiente?


Desde o passado dia 15 de Novembro de 2009, os autoclismos apresentam uma classificação semelhante à dos electrodomésticos.


Esta iniciativa, vai permitir ao consumidor final conhecer a eficiência destes produtos em termos de consumo de água. A rotulagem varia entre o A++ (o mais eficiente) ao D (o menos eficiente).

O modelo de certificação e rotulagem da eficiência hídrica dos produtos, foi desenvolvido pela Associação Nacional para a Qualidade das Instalações Prediais (ANQIP), em parceria com universidades e empresas do sector e, ao contrário do que acontece com os electrodomésticos, será de aplicação voluntária. A classificação começou a ser aplicada pelas marcas Geberit, Oliveira & Irmão, Valadares, Tiba e Sanitop, que representam cerca de 50% do mercado nacional deste produto e estabeleceram um protocolo com aquela associação. O protocolo de classificação de eficiência hídrica, pretende alcançar uma poupança de 159 milhões de litros de água, e reduzir a curto prazo o desperdício de água em 40%.
O mesmo sistema de certificação da eficiência hídrica dos dispositivos já é utilizado em países como Reino Unido, Dinamarca, Noruega, Suécia, Finlândia, Islândia, Austrália e Estados Unidos da América.
Este sistema vai, numa segunda fase, ser alargado a duches, torneiras e fluxómetros. Depois, será a vez de aplicar este protocolo às máquinas de lavar e outros produtos.

Aos preços actuais de mercado, o custo da substituição de um antigo autoclismo, pode ser recuperado com a poupança conseguida na factura da água, num período de 2 a 3 anos.

O autoclismo mais eficaz, é o que, cumpre a sua função, usando o menor volume de água possível

Os autoclismos tradicionais têm capacidades que podem variar entre os 7 litros e os 15 litros por descarga. A utilização de autoclismos com descargas de 6 litros em vez dos tradicionais 10 ou mais litros, leva a reduções significativas e tem a sua eficiência comprovada em inúmeros países, sendo uma das medidas apontadas como extremamente eficiente na redução do consumo doméstico de água.
A redução do volume por descarga num autoclismo existente, também pode ser obtida colocando um recipiente no interior do reservatório, o que reduz o volume de água utilizado. No entanto, esta redução resulta muitas vezes na necessidade de proceder a uma segunda descarga, o que anula a vantagem inicial e aumenta o consumo.

A obtenção de maiores economias implica também a correcta utilização por parte do utilizador, pois depende deste, a selecção da opção de descarga mais adequada. Em cerca de 70% das descargas seria suficiente proceder a uma descarga de menor volume. A descarga de maior volume deve ser associada apenas aos 30% que correspondem ao uso em que estão presentes resíduos sólidos.

Actualmente a opção que maior poupança de água conseguirá é a do autoclismo A++, que permite dois tipos de descarga diferentes - de descarga dupla (sistema dual) ou interrompida - e que utiliza apenas quatro litros.
Convém no entanto salientar, que a adopção destes eficientes aparelhos, das categorias A++ ou A+, se destina apenas a algumas aplicações especiais ou condicionadas. Funcionam de forma adequada, particularmente se associados a uma bacia de retrete também desenhada para maximizar a limpeza e que arraste os resíduos com esses volumes de água, e também em sistemas de condutas de saneamento, devidamente calculados e executados para utilizar estes dispositivos. Caso contrário, podem originar problemas ao nível do arrastamento de sólidos nas redes prediais e públicas, pois os valores mínimos de volumes ou caudais admissíveis nas instalações correntes estão limitados por razões de desempenho, conforto ou saúde pública.

Autor: Carlos Silva - Este texto resulta de um trabalho de compilação de diversas notícias, a partir de pesquisas realizadas na internet e em informação especializada, em 2010.
Caso pretenda utilizar este texto, cite o autor e o endereço do site.

Lampada Incandescente - final de comercialização


Desde 1 de Setembro de 2009, e depois de 130 anos de vida, a lâmpada incandescente convencional, inventada por Thomas Edison em 1879, começou a deixar de ser comercializada na União Europeia.


Num processo que irá decorrer até Setembro de 2012, conforme decisão da Comissão Europeia, estão a ser substituídas as lâmpadas duma classe de iluminação com baixa eficiência energética (entre 5% e 8%): as incandescentes e também as de halogéneo.

Gradualmente serão substituídas pelas alternativas existentes de nova geração, que são as lâmpadas fluorescentes compactas que chegam a gastar até 80 por cento menos e a durar até dez vezes mais e as novas de halogéneo com maior eficiência.

As primeiras a começar a desaparecer das prateleiras foram as de 100W. No entanto, os lojistas que ainda as detenham, podem continuar a escoá-las, até acabarem o stock.

Em Setembro de 2010, saem do mercado as lâmpadas de 75W. Um ano depois, as de 60W. E finalmente, em Setembro de 2012, serão banidas as restantes lâmpadas incandescentes de 40 e 25 Watts.

Como a maioria das lâmpadas compradas na Europa são importadas de países do terceiro mundo, quem insistir em importar o produto poderá ter de pagar uma multa de 5500 euros.


Com esta medida, os consumidores Europeus são agora forçados a proceder à troca, pois embora estejam presentes no mercado já há alguns anos, as lâmpadas economizadoras tinham encontrado alguma dificuldade de adesão por parte dos consumidores:
  • ao nível do preço – maior custo de aquisição – entre as incandescentes (cerca de Eur 0,60) e as economizadoras (entre 2 e 10 Euros);
  • ao nível da dimensão – o tamanho da lâmpada, é habitualmente maior. Este factor inviabiliza a sua utilização nalguns candeeiros;
  • ao nível do funcionamento – demoram algum tempo a alcançar a intensidade máxima do seu fluxo luminoso;
  • ao nível ambiental - devido à presença de mercúrio, essencial ao seu funcionamento, mas que integra a lista de resíduos nocivos ao meio ambiente, pois pode contaminar o solo e o lençol freático;
  • ao nível da saúde – emissão de UV - utilizadores com a pele mais sensível podem ressentir-se com os raios ultravioletas emitidos pelas economizadoras. No entanto, convém salientar que para a maioria da população, só uma situação extremamente invulgar como a exposição prolongada (cerca de 8 horas) a uma distância inferior a 20 centímetros pode, eventualmente, provocar lesões na pele ou na retina do olho.

Cuidados a ter com as novas lâmpadas

- Ao comprar, consulte a informação da embalagem, em particular a etiqueta energética. Lâmpadas com a mesma potência produzem fluxos luminosos diferentes.
A partir de Setembro de 2010, será também apresentada informação sobre o número de vezes que esta pode ser ligada e desligada, o tempo de arranque e a tonalidade.

- Ao trocar a incandescente por uma economizadora, verifique a dimensão da lâmpada. Pode não caber no espaço onde a pretende colocar.
Para escadas e zonas de passagem, opte por uma lâmpada que acenda rapidamente e possa ser ligada e desligada com frequência.
Para a garagem ou cave, escolha as adequadas a ambientes frios ou para exterior.
Se a lâmpada estiver num local de difícil acesso, prefira uma de longa duração.
As de invólucro duplo (emissão reduzida de UV’s) são ideais para escritórios, zonas de leitura e cozinhas.

- Mesmo que ainda acenda, a lâmpada fluorescente vai perdendo luminosidade ao longo dos anos. Assim, quando já não tiver intensidade suficiente, é necessário substituí-la.

- Na hipótese de uma lâmpada economizadora se partir, o mercúrio (limitado a 5mg por lâmpada) pode espalhar-se. Areje o local durante, pelo menos, 15 minutos. Não use o aspirador para recolher os fragmentos, mas luvas de borracha, e tenha cuidado para não inalar o pó libertado. Remova os resíduos com uma esponja ou pano húmido.

- Quando fundia, a lâmpada incandescente era trocada e deitada no lixo. Não pode fazer o mesmo com a economizadora. As lâmpadas usadas devem ser entregues no local onde for adquirir uma nova, para serem enviadas para a reciclagem.

Para concluir, resta referir que num futuro não muito distante, as lâmpadas LED (Light Emitting Diode) aparecerão como uma outra opção possível. Possuem uma alta qualidade, consomem menos e têm uma vida útil de cerca de 4,5 vezes a das fluorescentes compactas. Actualmente, por serem muito recentes e se encontrarem em fase de aperfeiçoamento, as versões já disponíveis no mercado, têm custos muito elevados.

Autor: Carlos Silva - Este texto resulta de um trabalho de adaptação e tradução, a partir de pesquisas realizadas na internet, em 2010.
Caso pretenda utilizar este texto, cite o autor e o endereço do site.
 
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